Dia Mundial de Filosofia
A terceira quinta-feira do mês de novembro é, desde 2005, assinalada pela UNESCO como o Dia Mundial da Filosofia. Pretende-se chamar à atenção para a importância do pensamento crítico, no sentido em que este contribui para a formação de cidadãos interventivos e exigentes em áreas tão cruciais da vida como a Ética, a Política e conhecimento Científico.
Com o propósito de comemorar o dia, os alunos foram convidados a assistir no Anfiteatro da Escola Secundária António Damásio ao filme “Jogo da Imitação”, ou em alternativa, em sala de aula, ao visionamento de um pequeno documentário sobre “Inteligência Artificial e Educação”. Posteriormente seguiram-se os debates relativamente aos temas em análise. Simultaneamente, decorre uma exposição de trabalhos elaborados pela turma 11ºP, alusiva à forma de conhecimento específico da Filosofia.
Do ponto de vista filosófico, o filme "O Jogo da Imitação" e o documentário sobre a temática da Inteligência Artificial lançam-nos desafios até há pouco tempo impensáveis: Poderão as máquinas, algum dia, vir a pensar com criatividade e sentido crítico? E se o vierem a fazer terão de ser consideradas como eticamente semelhantes a nós? Que tipo de sociedade resultará de um ecossistema em que humanos e máquinas convivam e trabalhem umas vezes em parceria e outras em eventual competição? Estas são algumas das questões que foram debatidas com os alunos.
Sobre o filme:
O matemático britânico, Alan Turing, o protagonista, foi decisivo para a derrota do nazismo e precursor dos computadores e da inteligência artificial.
TURING liderou um seletíssimo grupo de superdotados cujo objetivo era decifrar o código da Enigma, a máquina de encriptação usada pelas forças alemãs para transmitir mensagens aos seus homens nos teatros de guerra terrestres e marítimos. Além desse feito inestimável, Turing legou outras contribuições importantes para a humanidade: uma máquina concebida por si nos anos trinta é tida como precursora do computador; as primeiras formulações sobre inteligência artificial também lhes são devidas. Estima-se que a Segunda Guerra Mundial tenha causado mais de 50 milhões de mortes. Esse panorama poderia ter sido ainda mais trágico se não fosse a intervenção de Turing, que pouco aparece nos registos oficiais sobre o conflito.